Ciduca Barros
Numa determinada época, numa certa dependência do Banco do Brasil, trabalhava um colega reconhecidamente “desmantelado”. Certo dia ele saiu com uma garota de programa e lhe pagou com um cheque.
No dia seguinte, aquela sensual figura feminina foi à agência sacar o resultado do seu trabalho horizontal, mas a conta do colega não tinha um único centavo.
– E agora? O que eu faço? Com quem eu devo falar? – foram as indagações apreensivas da jovem.
– Dirija-se ao subgerente – foi a orientação que o caixa lhe forneceu.
O subgerente da agência era um sujeito competente, mas meticuloso e prolixo. Ele ouviu a queixa da moça que, esbanjando sensualidade, não precisava nem dizer a sua profissão.
Então, o segundo gestor deu início a uma série de perguntas visando à abertura do competente processo funcional.
– Qual é a origem deste cheque, senhora?
– O que é origem? – foi a resposta dela com outra pergunta.
– Eu gostaria de saber qual foi a mercadoria que a senhora vendeu ao nosso funcionário?
– Eu não vendi nada não! Eu dei.
– Deu? E como ele a remunerou? A senhora prestou algum serviço para o nosso funcionário?
– Prestou? O que diabo é prestou?
– A senhora fez algum serviço para ele?
– Fiz! – foi a sua lacônica resposta.
– Que tipo de serviço a senhora fez? Em que consistiu esse serviço?
– Na cama! – outra resposta concisa, mas verdadeira.
O inocente subgerente, mesmo ouvindo as respostas óbvias, vendo aquele insinuante decote, o curtíssimo vestido e a pesada maquilagem, ainda não tinha “sacado” o ofício da jovem e resolveu indagar:
– De que você vive? Qual é a sua profissão?
A mulher que já estava cheia daquele questionamento, pois o que ela queria mesmo era receber os seus “suados” honorários, resolveu ir mais direto ao assunto e respondeu:
– Puta!
Nota do escriba: 150 (cento e cinquenta) histórias iguais a esta foram narradas no livro “NO BANCO DO BRASIL DE ANTIGAMENTE”. O livro custa apenas R$ 39,00 (custo postal incluso) e os pedidos serão atendidos, para qualquer parte do país, através do e-mail: ciducabarros@hotmail.com
Escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha
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