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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Macho farroupilha

Ivar Hartmann

Macho, no linguajar gauchesco era o homem forte, corajoso, másculo, aguerrido e capaz de enfrentar os adversários. Os seres humanos masculinos hoje, no Brasil, estão mais para homens, meio-homens ou homúnculos. Como estamos na Semana Farroupilha que comemora a Guerra dos Farrapos e a República Rio-grandense, uma grande página de bravura vivida nos embates políticos do Brasil, quero contar uma história. Nunca é demais recordar como terminou a guerra para o Ministro da Fazenda e para o Presidente daquela República: ambos falidos. O coronel farroupilha Onofre Pires foi o comandante da força que invadiu e conquistou Porto Alegre em 19 de setembro de 1835. O general Bento Gonçalves, máximo herói rio-grandense, era o Presidente da República proclamada em 11 de setembro de 1836 pelo general Antônio de Souza Neto. Tudo eram alegrias e esperanças. Em 1844 a economia do Rio Grande do Sul sentia os resultados de uma guerra tão prolongada e, consequentemente, se os ideais continuavam os mesmos, a forma de alcançá-los já diferia entre seus dirigentes. Onofre Pires, homem de pouca instrução, deixando-se levar por inimigos de Bento Gonçalves, passa a difamá-lo verbalmente, e quando Bento pede que por escrito repita o que denunciava, Onofre, dez anos mais moço e de porte atlético, diz que confirma tudo e desafia-o para um duelo à espada. Em uma guerra, no entrevero das batalhas, a ambos seria possível contratar um soldado para matar o adversário à traição. Mas não eram comunistas. Marx ainda era piá e sua doutrina nunca calaria a honra e a liberdade das gerações de gaúchos.
Duelo aceito, em fevereiro de 1844, encontram-se os contendores em Livramento e as margens do rio Sarandi, próximo a um acampamento militar farroupilha, duelam. Bento, que era hábil espadachim, não obstante as desvantagens físicas leva a melhor e fere seu contendor de morte. E assim foram tomadas as satisfações entre dois machos. Agora, comparando. Não há dúvidas que um dos candidatos a Presidente da República tem jeito de macho. Homem corajoso e aguerrido da direita brasileira o qual a esquerda procura denegrir. É parte do jogo. O que não é parte do jogo é a militância comunista do PSOL tentar matá-lo. Nada incomum, como os comunistas na Rússia e Espanha. Na esquerda mundial e na brasileira, são os representantes da infâmia. Traição e crime armas para chegar ao poder.

ivar4hartmann@gmail.com

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