Tatuagens
Há algum tempo, apenas algumas pessoas tatuavam o seu corpo. Na sua grande maioria marinheiros e aquelas “garotas” da beira do cais.
Atualmente, as tatoos invadiram os corpos de muita gente – jovens (de ambos os sexos), homens e mulheres financeiramente independentes e muitos profissionais liberais (também de ambos os sexos).
Assim, a tatuagem que, erroneamente, era discriminada por uma sociedade politicamente incorreta, hoje, está devidamente democratizada.
Temos a idade suficiente para termos atravessado as duas fases da tatuagem. Nunca a discriminamos antes, nem, tampouco, a demonizamos agora. Sabemos que muitos costumes mudaram e, hoje, temos que ser tolerantes e aceitar as mudanças sociais, sexuais e comportamentais.
Vivemos num país democrático de direito, onde as pessoas têm “livre arbítrio” para fazer o que lhes der na telha, desde que não ofendam a moral e os bons costumes.
Daí os cidadãos podem fazer o que bem entenderem com seus respectivos corpos.
Quem quiser encher seu corpo com as mais variadas (e, às vezes, esdrúxulas) figuras e desenhos, que assim proceda. Nós não temos nada a dizer.
Aliás, eu vou opinar!
Quero tecer o meu comentário àquelas pessoas que não são mais tão jovens e resolveram fazer tatuagens. Vocês, de ambos os sexos, que estão passando da maturidade à velhice, já pensaram o que o tempo será capaz de fazer com suas tatuagens indeléveis? Ele (o tempo) vai transformá-las!
Como? Porque quando envelhecemos nossa epiderme fica enrugada.
E daí?
Daí vocês que fizeram do seu corpo uma tela de pintura, já pensaram quando essa tela enrugar e ficar cheias de pregas?
O que vai acontecer?
As suas tatuagens ficarão, implacavelmente, desfocadas e tortas.
Recentemente, vi uma linda quarentona que tem uma maçã tatuada no braço. Sem que ela percebesse, discretamente observei mais atentamente e notei que aquela fruta vermelha está ficando rugosa. Isto não é nada demais! Apenas, o inexorável tempo, que é muito sábio, está desenhando uma fruta compatível com aquela tela enrugada: um maracujá.
Não seria o caso, daquela dama voltar ao tatuador e repintar aquela ex-maçã de amarelo?
Ciduca Barros é escritor e colaborador do Bar de Ferreirinha
CONVITE
Dia 28 de setembro, Ciduca Barros estará lançando o seu novo livro Casos & Causos da Gente do Seridó.
A obra tem estórias engraçadíssimas do povo seridoense, contadas com muito humor e sarcasmo.
Você é convidado do autor e do Bar de Ferreirinha para prestigiar o lançamento!
Horário: das 8h às 13h
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