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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Lula, ladrão da honra brasileira

Ivar Hartmann

Uma vez fui fazer um júri em São Chico-RS. Coisa fácil para o promotor: um fazendeiro pagara para dois peões matar um lindeiro de terra. Terminado o júri, os dois empregados estavam condenados e o fazendeiro absolvido. Ou seja, quem criou as condições para o homicídio foi absolvido e os autores menores na cadeia. Parece a Lava Jato. Considerando todas as provas que ela já produziu, somadas às do Mensalão, qualquer advogado, salvo os que estão ganhando dinheiro com sua defesa, qualquer brasileiro, salvo os fanáticos do PT, sabe que o grande chefe, o esperto Al Capone brasileiro, o poderoso chefão, é o ex-presidente agora presidiário. Por ação em muitos casos, por omissão interesseira em outros. Seria apenas mais um patife destes que ocupam a cadeira presidencial, tipo Collor, Dilma e Temer, cuja canalhice fica circunscrita ao território e noticiário nacional. Lula não: é o chefe mundialmente conhecido de um importante partido político de um grande país da América.
Aí, eu sou europeu, chinês, japonês, canadense, americano. Tenho uma boa situação de vida, com segurança, saúde, educação, transporte. Os ladrões que frequentam a vida pública de meu país ou levam um tiro na testa, ou são rapidamente processados e vão para a cadeia. Afora serem execrados pela opinião pública. Agora, acompanhando o noticiário internacional, eu vejo que no Brasil, o ex-presidente ladrão, recebe mais de 30 por cento das intenções de votos para presidente dos tais brasileiros. Não há outra conclusão possível: é um país de ladrões, habitado por gente com maus costumes. Gente para quem o furto, o roubo, a receptação, o desvio de verbas públicas, as comissões de empreiteiras, tudo é uma coisa só: nada. Não ligam para as crianças sem futuro por não ter escolas; os doentes que morrem sem leitos; os caminhoneiros que morrem sem estradas; as famílias destruídas pela insegurança. A causa? O dinheiro público roubado por políticos. Eles perguntariam: mas não há juízes? Respondam vocês. Misturam-nos e a nossa honra, com os quadrilheiros do Lula. O maior capital que um cidadão tem é sua honra. Júlio César, o maior dos romanos, tinha no sentimento de honra seu impulso para o poder. Os espanhóis, temperamentais, batem-se à morte em defesa de sua honra. Os brasileiros votam em um cabra da peste. Difícil de entender para cidadãos probos de nações civilizadas.

ivar4hartmann@gmail.com

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