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sábado, 6 de fevereiro de 2021

Cellina Muniz está de volta com Quase Contos


Depois de O livro de contos de Alice N. (2012), Uns contos ordinários (2014), Contos do mundo delirante (2018) e O Bombo – guerra e paz em Natal, 1945 (2020), a escritora alencarina/natalense Cellina Muniz lança hoje o livro “QUASE CONTOS”, o quarto no gênero e o nono título publicado pela autora, dentre literários e acadêmicos.

O livro apresenta 16 estórias, a maioria escrita durante o ano de pandemia, e foi contemplado na Lei Aldir Blanc/FUNCART.

“QUASE CONTOS” tem como posfácio um pequeno ensaio crítico de Alves de Aquino, poeta e editor cearense, além de professor de Filosofia da Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA). Conhecido ironicamente como Poeta de Meia-Tigela, Alves de Aquino se debruça também sobre os livros anteriores de Cellina Muniz e assinala: “Cellina Muniz, com sua Tetralogia, não escapa, nem quer, à condição ordinária e delirante de qualquer ser humano, escritora ou não: a da falta, da falha, da incompletude — essa carência perpétua mediante a qual se procura transcender o conhecido já escrito rumo ao contar possível e vindouro”.

O livro também tem na capa ilustração da filha da autora, Rosa Maria, marcando assim o debut da jovem desenhista que, junto com a mãe, veio de Fortaleza morar em Natal há dez anos.

A autora autografará o livro hoje, em lançamento simbólico, no Sebo CataLivros, no Mercado de Petrópolis, no horário entre 9h00 e 13h00.

Mais informações pelo e-mail cellina979164@gmail.com ou com Raquel Lucena (84) 988311506.

Abaixo, pra degustar, um trecho do conto Dinheiro:

Caía algo: era a tarde. Em algum lugar distante, uma floresta queimava. Enquanto isso, ali, o vento soprava no verde das poucas árvores. Pedaços de papel voavam pela rua. Ivo já ia na quarta. Ou seria a quinta? O que importava? A cerveja consolava. Tomou um grande gole, limpando a espuma do beiço e esquecendo por um momento as mazelas que havia.

Adriana mesmo, que era o que ele mais queria por ora, não dava o menor sinal de existência.

E a vida continuava. Sem preço.

Cellina Muniz em imagem de Ana Potiguar

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