Páginas

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Obrigado Napoleão Bonaparte

                  

Ivar Hartmann

O livro de Vargas Llosa, Nobel de Literatura, Tempos Ásperos, escrito em 2019 é uma história das conspirações internacionais na América Central durante os anos da Guerra Fria. Centrado em um golpe militar na Guatemala nos anos de 1950, mas retratando todos os países da região, com suas disputas e interesses econômicos que chegam aos dias de hoje. Vinte países, entre o continente e as ilhas, e duvido que o leitor saiba o nome de todos sem buscar a Wikipédia, como eu. Menos de 10% do território do Brasil. Chamadas de repúblicas de bananas, pelo poder da United Fruits, com suas extensas plantações de bananas, protegida pelos americanos que punham e depunham seus ditadores militares, de acordo com seus interesses. Na América do Sul temos 12 países. 3 na América do Norte. Destes 35, são importantes pela área territorial, população, índice de desenvolvimento humano (IDH) e produto interno bruto (PIB), uma meia dúzia com o Brasil.

Em novembro de 1808 a família real portuguesa e entre 10 e 15 mil pessoas da Corte, fugiram para o Brasil ante a invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte. Como consequências, depois da chegada, a colônia brasileira foi elevada a Reino Unido de Portugal, sem lutas, sem sangue e sem partidos. Foi suspensa a proibição para a criação de indústrias, abriram-se os portos brasileiros para todas as nações, autorizou-se a criação de tipografias e jornais, fundou-se o Banco do Brasil, escolas superiores, a academia militar, a Biblioteca Nacional e o Museu Nacional. A colônia pobre virou nação. Pedro I e Pedro II, apesar de revoluções regionais, com a Farroupilha, garantiram a integridade do território. Sem Bonaparte o Brasil teria seguido colônia e o caminho da América Latina. 

Promotor de Justiça aposentado

ivar4hartmann@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário