Nas Olimpíadas de 2008 o Brasil ficou em 22º lugar com 17 medalhas. Agora em 12º, com 21 medalhas, fez a melhor campanha brasileira na história das olimpíadas modernas. As de ouro pularam de 3 para 7. Pode parecer pouco mas é um crescimento substancial, de mais de 200% nestes anos. Um atleta de alto rendimento, capaz de ganhar medalhas olímpicas, não se forma sem esforço constante desde jovem, e dedicação ao que faz. Dedicação exclusiva, sem horários para trabalho fixo, é fundamental. Sua profissão é ser atleta. Então, estas medalhas e crescimento são devidas ao Programa Atletas de Alto Rendimento, criado em 2008, parceria dos Ministério da Defesa e do Esporte. Destinado inicialmente a melhorar os níveis dos atletas militares nos Jogos Mundiais Militares de 2011, acabou se consolidando como o grande esforço nacional para melhorar as performances do Brasil nos Jogos Olímpicos. O percentual de 90,4 % nos pódios é devido a este patrocínio, com mais de 30% dos nossos atletas ligados ao Programa.
Ele é útil para os atletas, que recebem dinheiro, e para os militares que ganham publicidade positiva e um reforço em seus quadros esportivos. Os atletas do programa são selecionados por meio de concurso público para o “Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento” que considera o desempenho em competições como critério para preencher as vagas. Passam a cumprir o serviço militar temporário por até oito anos. Sem impedimento de obterem outras fontes de recursos nas 26 modalidades olímpicas patrocinadas. Recebem cerca de 4 mil reais mensais, assistência médica, odontológica, fisioterápica, alimentação e alojamento, e os recursos das instalações esportivas da Marinha, Exército e Aeronáutica. Ótimo!
Promotor de Justiça aposentado
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