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terça-feira, 6 de julho de 2021

Crime perfeito não existe

              

Ivar Hartmann

Logo que saímos das faculdades somos uns piás, correndo o mundo em busca de oportunidades e achando que sabemos tudo da vida. Sabemos da doutrina. Mas da prática? Esta, só o viver nos dá. Quando entrei para a promotoria de justiça, mandado para os fundões de Tenente Portela, um colega mais tarimbado me ensinou: tu é novo, chega em uma cidade onde não conhece ninguém. Então melhor é desconfiar de todo mundo, até poder separar o joio do trigo. Ano passado, analisando, como promotor de justiça, não como cientista, escrevi sobre a origem do coronavírus. Dizem os chineses: de repente, uma mutação saiu da antiga e fedida feira de Wuhan, para atacar o mundo, apesar dos esforços das autoridades. Algo não cheirava bem. Mais mal cheira quando, na mesma cidade, se encontra o maior instituto tecnológico chinês de estudos e manipulação de material genético e proliferação de vírus. Cientistas americanos já tinham constatado falhas na segurança do laboratório destas pesquisas perigosas.

Escrevi então: por dolo ou culpa, os chineses deixaram o vírus escapar. Não importa se por dolo ou culpa, indenizações são necessárias, a exemplo da Alemanha, aos que sofreram com a Segunda Guerra, e da China aos que sofrem com o Covid-19. O novo presidente americano Joe Biden vai nesta linha. Primeiro, quer elucidar como o vírus se espalhou a partir de Wuhan: mercado ou laboratório? Segundo, se as autoridades chinesas agiram corretamente no alertar as nações do que ocorria. Terceiro, e corolário, existem indenizações a serem pagas pela China aos países que sofreram e sofrem com o mal que ela criou? Nesta investigação foi agora constatado: a China tentou apagar provas do que ocorreu. Prática usual de todos os bandidos.   

Promotor de Justiça aposentado - ivar4hartmann@gmail.com

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