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terça-feira, 6 de abril de 2021

O ministro proprietário do STF

  

Ivar Hartmann

Em 1969 o golpe de l964 cassou três ministros do STF por razões políticas. Sinal de que os ministros eram sérios e competentes. Com a força que tinha o Executivo, poderia afirmar que as cassações eram por corrupção e ficaria melhor. Hoje, caçar três do STF, seriam Gilmar Mendes, Toffoli e Lewandowski. O último por vinculação pessoal ao PT. Toffoli porque passou na sabatina para ministro sem os requisitos necessários quanto a idoneidade que não foram levados em conta pelo senadores e relativos ao seu tempo de advogado. Afora as denúncias não apuradas da reforma de sua casa em Brasília por empreiteira. Gilmar Mendes é um caso à parte. Como Lula era o cabeça dos ladrões da Lava Jato, ele é o cabeça dos outros dois. Manda, desmanda, enriquece, protege o Bradesco e tudo fica por isso mesmo. As últimas sentenças do STF mostram seu poder.

Augusto Nunes, diretor da TV Record, denunciou há dias, depois do julgamento do Sérgio Moro: Gilmar Mendes alardeava para amigos em restaurante de Brasília, que, a seu pedido, a ministra Carmem Lúcia que tinha votado a favor de Moro, mudara o voto. Moro estava sendo julgado com provas ilegais, porque falava com promotores de Curitiba sobre questões do processo. Neste país da corrupção generalizada, com bilhões de reais em julgamento, com riquíssimos presos, não apareceu uma única manifestação de que algum dos escutados tivessem tentado, como os políticos, ganhar milhões extras aproveitando os cargos. O processo contra Moro é uma malandragem do rei dos malandros, Lula. Que foi vitorioso graças as manobras ilegais de Gilmar Mendes. Ministro que manda e desmanda no STF e que chora em homenagem a petistas. No Brasil vale tudo. 

Promotor de Justiça aposentado - ivar4hartmann@gmail.com

Um comentário:

  1. Falar bem de um juiS seletivo e parcial que tudo fez para virar ministro, de olho em ser também do STF, é ser como jornalista vis da Record, que tudo fazem para se dar bem, Nunes que o diga, mas jogam por terra alguma credibilidade de si, se é que tem.

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