O ex-ministro Eduardo Pazuello é um dos investigados. Pela sua passagem pelo Ministério da Saúde, até sua demissão. Em maio de 2020, Pazuello liberou o uso da hidroxicloroquina e cloroquina para o tratamento da COVID-19 e em junho foi nomeado Ministro da Saúde, como pagamento pela liberação das drogas. Então retirou do ar os dados dos mortos de COVID-19. O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde chamou a atitude de uma "tentativa autoritária, insensível, desumana e antiética de dar invisibilidade aos mortos pela Covid-19”. Em julho de 2020, por sua culpa, Gilmar Mendes acusou o Exército Brasileiro de se associar a um genocídio: “Não podemos mais tolerar essa situação que se passa no Ministério da Saúde: o Exército está se associando a esse genocídio. É preciso pôr fim a isso”. Em outubro, Pazuello anunciou que o Ministério da Saúde havia comprado 46 milhões de doses da CoronaVac e um dia depois disse que não iria adquirir a vacina chinesa.
Em janeiro de 2021, as secretarias de sete estados informaram que o Ministério da Saúde passou informações erradas sobre os estoques de seringas. Em janeiro a ABI entrou com um pedido de impeachment contra Pazuello apontando "práticas delituosas contra a Constituição que afirma ser a Saúde direito de todos e dever do Estado". Pouco antes do colapso dos hospitais de Manaus, Pazuello esteve lá e o procurador do Amazonas, disse que o Ministro da Saúde foi avisado que faltaria oxigênio nos hospitais. Nada fez. De propósito, espalhou 1500 pessoas com a mais perigosa cepa Manaus, para outros Estados, incluindo o Rio Grande do Sul. Oxalá Deus, a CPI da COVID-19 do Senado mostre o caminho da cadeia para Pazuello.
Promotor de Justiça aposentado - ivar4hartmann@gmail.com
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