ANDERSON BRAGA HORTA
Sobre o leito nupcial da noite arqueja a Lua,
virgem noiva a gemer, tentadora divina.
Espera o noivo, o Sono, esplendorosa e nua,
com um sorriso de amor na face alabastrina.
virgem noiva a gemer, tentadora divina.
Espera o noivo, o Sono, esplendorosa e nua,
com um sorriso de amor na face alabastrina.
Ao seu riso de luz a treva se ilumina.
No côncavo do céu treme a lunar falua.
O cortejo silente e espectral da neblina,
doce véu passional, corre, assombrando a rua.
No côncavo do céu treme a lunar falua.
O cortejo silente e espectral da neblina,
doce véu passional, corre, assombrando a rua.
Fremem por todo o espaço arrepios sensuais,
ante o surdo rumor dos frígidos amplexos.
E do fundo palor das faces esponsais
ante o surdo rumor dos frígidos amplexos.
E do fundo palor das faces esponsais
os anjos, pelo azul, vêem, escandalizados,
fitando na amplidão grandes olhos perplexos,
feitos astros rolando os suores congelados.
fitando na amplidão grandes olhos perplexos,
feitos astros rolando os suores congelados.
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