do estranho e
histórico ano de 20
Fernando Antonio Bezerra |
Não sei se é dia ou noite por onde você está, então permita-me saudá-lo apenas com um “boa vida”! Sim, pela fé, enxergamos o horizonte que lhe abriga em nova fase. A partida é sempre um ato complexo e, no caso presente, agravada pela dor de sua família que precisou dividir o mesmo pranto, quase no mesmo dia, entre você e Aparecida, sua esposa.
De fato, conversamos poucas vezes durante a vida vivida no seu plano anterior. Além dos laços de amizade com meus pais, falamos sobre as coisas do Seridó que a gente ama e, particularmente, sobre minha experiência como candidato a Deputado Estadual em 2018. Mas, nas oportunidades tidas, alivia-me ter lhe dito que a sua produção literária me fazia muito bem e a muitos outros. Você nos contou histórias de Manoel de Neném, evidenciou a sabedoria de Dona Chiquinha, reconstruiu a memória do Banco do Brasil na região, narrou os casos de clientes e figuras da estima do povo que alegram a vida com simplicidade e, não raro, com apimentada criatividade, dentre outros assuntos. Conseguiu, fazendo uma boa mistura, contar quase tudo, sem perder o equilíbrio da receita.
Aparecida e Ciduca Barros, in memoriam |
Espero que você, do bom lugar que ocupa atualmente, atue para que outros seridoenses publiquem o que sabem sobre a vida sertaneja que emoldura nossa passagem por aqui. Conto, pela fé que aprendi a exercitar, que no céu existem várias moradas diante de Deus e, para os justos e bons, poltronas especiais. Você e Aparecida devem ter partido com assentos já reservados.
Receba, enfim, meu pessoal reconhecimento – que é de muitos outros também – à sua rica contribuição ao acervo seridoense dos bons escritos..
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