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terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Natal: o mais longo dos dias

Ivar Hartmann

Desde o chimarrão das Missões Jesuíticas, o Brasil foi agregando a sua cultura os usos e costumes dos povos que chegaram. A contribuição alemã são as festas de Natal. Música, cor, luz e alegria. Contentamento. O Natal, no mundo ocidental, é sempre o mais longo dos dias: muito antes do dia 25 de dezembro, cidades enfeitam suas ruas, pessoas enfeitam suas casas. O motivo sempre o mesmo: presépios, guirlandas, pinheiros, bolas e luzes coloridas. Papai Noel e anjos. E isso faz com que dezembro seja um mês encantado para adultos e crianças. Hã, dirão os céticos, é uma festa mercantilista. E o que hoje não tem um fulcro monetário, afora o amor entre as pessoas? O exemplo maior deste sentimento contagiante de alegria e prazer que tanto nos une neste mês de dezembro é Gramado. Sem dúvida a mais linda cidade da América Latina nos fins de ano.
Nas ruas decoradas com enfeites natalinos que enchem os olhos, nos acompanham, pelas caixas de sons das esquinas, as músicas que relembram nossa infância. Nos desfiles noturnos, adultos viram crianças e crianças viram fadas. Nos grandes espetáculos do lago de fogo, cantores nos transportam ao mundo mágico da fantasia. E há momentos tocantes. Quando, por exemplo, todas as noites, na meia luz da Igreja de Pedra, lotada de turistas de todas as religiões, cantores anônimos, de dezenas de corais, elevam aos céus, melhor, nos elevam ao céu, com a música símbolo da cristandade: Noite feliz, Noite feliz! Ó Senhor Deus de amor... E o grande espetáculo das ruas cheias de famílias, gente de todas as idades passeando juntas e tomando conta da avenida iluminada como nunca em nenhuma cidade latina? Tomara que o texto tenha retratado o que sentimos nesta época. Feliz Natal amigos queridos.

ivar4hartmann@gmail.com

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