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terça-feira, 21 de janeiro de 2020

De novo os cassinos

Ivar Hartmann

A estas alturas já tem parlamentar federal esfregando as mãos. Para abrir o jogo no Brasil só com muito dinheiro para azeitar mãos e limpar corações. Uma das fontes de renda da ditadura de direita de Cuba foi vender os cassinos para aos mafiosos americanos. Que trouxeram consigo a prostituição e a corrupção cubanas. A ditadura de esquerda do Fidel fechou todos eles. Meu pai dizia há cinqüenta anos: “Cassino só dá lucro para o dono”. Alguém põe dúvidas? O papo furado de sempre é que os impostos arrecadados com estas casas de putaria (vejam a definição completa no Aurélio) serviriam para ajudar a saúde pública, o SUS, etc. Se os ricaços que tem condições de instalar uma casa destas são tão benemerentes, porque já não estão fazendo isso? É que o dinheiro sairia de pequena parte do lucro. Lucro da onde e a custa de quem? O mais famoso jogador brasileiro chamava-se Paulo Maluf. Este mesmo. O ladrão dos cofres paulistas. Jogava e perdia em Vegas parte do que roubava aqui. Sem preocupações. Porque cassino é bom para lavagem do dinheiro da corrupção drogas, armas, tráfico humano.
Rico quer jogar? Botar dinheiro fora? Vá para o Uruguai ou Nevada. Mas e os pobres do Brasil? Esta massa de milhões de pessoas que vivem com meia dúzia de reais? Vamos abrir para perderem nos bingos e cassinos o pouco que ganham? Acontece a toda a hora. Um pastor de uma Igreja Luterana de Novo Hamburgo recebeu certa vez a visita de uma esposa que não recebia mais do marido o dinheiro para cuidar da família, não obstante ele trabalhar toda a semana na reforma da igreja. O marido alegava que o pastor não pagava integral. O homem recebia toda a semana, mas ficava umas horas no bingo, na luz, no riso, na música e nas cartelas. Tinha que faltar dinheiro.

ivar4hartmann@gmail.com

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