Há meses passados, os demais postulantes à Presidência da República, Moro, Ciro e Tebet chegaram a conversar para lançar um candidato da chamada Terceira Via, pois já as candidaturas de Bolsonaro e Lula varriam os outros postulantes. Era uma opção com futuro, mas cada um se julgava merecedor de ser o cabeça. Ciro, o eterno postulante, continua postulando. Tebet fez meia dúzia de votos que lhe permitiram atirar-se no colo de Lula e garantir um emprego de ministra. Moro elegeu-se senador pelo Paraná, comparativamente fazendo mais votos quanto os dois outros em todo Brasil.
E assim o futuro ficou aberto para uma disputa entre duas facções: a da direita e da esquerda. Os eleitores de centro ficaram sem opção. Testemunhamos uma luta de mentiras pelas redes sociais, criando raivas e ódios entre as pessoas. Todos sabemos de membros de uma mesma família brigando entre si. Amigos de longa data, transformando-se em adversários figadais. Durante meses fomos martelados por estas mensagens.
Como as minas terrestres que os exércitos durante as batalhas espalham pelo campo esperando que explodam e causem baixas no inimigo. Findas as guerras, todas elas, toca tentar encontrar estas minas e desativá-las para que não causem estragos entre a população civil. Quando há mapas da sua colocação, não é difícil. Mas, quando não há, esta desativação é um trabalho de paciência, risco e coragem. Paciência, risco e coragem será necessário aos brasileiros para suplantar as minas eleitorais plantadas pelos candidatos e seus sequazes, despreocupados com a destruição que suas ações acarretassem. E acarretaram. Quanto tempo para a vida dos brasileiros voltar ao normal? Políticos criando ódio entre os eleitores. Brasil minado.
Promotor de Justiça aposentado
ivar4hartmann@gmail.com
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